Marina Umaschi Bers, uma pioneira em inovação tecnológica voltada para crianças, co-desenvolveu o ScratchJr e os kits KIBO enquanto lecionava na Tufts University, nos Estados Unidos. Atualmente à frente do DevTech research group na Boston College, sua missão é promover o pensamento computacional e cultivar uma cultura de engenharia entre os jovens.

Bers acredita que, assim como a leitura e a escrita, o aprendizado de programação deve ser acessível a crianças em idade pré-escolar. Para isso, defende a criação de interfaces amigáveis e apropriadas ao desenvolvimento infantil, permitindo que as crianças se expressem através de programação e tecnologia.

A fala de Bers destaca a transformação que a cultura maker trouxe para a invenção, permitindo que as crianças sejam parceiras ativas no processo de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. Essa abordagem exige que os criadores de tecnologias para crianças considerem as diferenças individuais e o desenvolvimento social e emocional das crianças.

1. Aprendizado lúdico é essencial: Crianças aprendem melhor e se divertem quando têm liberdade para explorar e criar.

2. Importância da individualização: Cada criança tem seu ritmo e necessidades únicas.

3. Tecnologia deve estimular interação social: O futuro passa por tecnologias que promovam o brincar coletivo e o movimento, como os 'smart playgrounds'.

4. Criação de ambientes de aprendizagem abertos e criativos: Ambientes que permitem a invenção promovem o desenvolvimento da criatividade.

5. Visão de futuro: O desejo de criar tecnologias que incentiven o aprendizado fora do ambiente tradicional.

Bers usa a metáfora do "coding playground" para ilustrar como o ambiente de programação deve ser semelhante a um parque, onde as crianças têm a liberdade de explorar, inventar e se expressar. Essa abordagem promove a criação de histórias e personagens, estimulando a criatividade infantil.

A abordagem de Bers para a educação e a tecnologia é uma chama para o futuro, onde as crianças não apenas consomem conteúdo, mas também se tornam criadoras. A evolução das tecnologias educativas pode levar a mudanças significativas na maneira como as crianças se relacionam com o aprendizado, aumentando seu engajamento e criatividade.

A visão de Marina Umaschi Bers sobre a educação infantil revela um caminho promissor para o desenvolvimento das habilidades tecnológicas nas crianças. Ao integrá-las como parceiras ativas, o futuro da educação pode ser não apenas mais inclusivo, mas também mais inovador. Para saber mais sobre educação e tecnologia, inscreva-se em nossa newsletter e acompanhe nossos conteúdos atualizados diariamente.

FONTES:

1. ScratchJr

2. KIBO

3. DevTech Research Group

4. Smart Playground Project

5. IEEE Spectrum