Nobelistas de CRISPR pedem cancelamento de patentes na Europa

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Em um reviravolta inesperada na disputa por patentes do CRISPR, as laureadas com o Nobel Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna solicitaram o cancelamento de duas de suas próprias patentes na Europa, após uma decisão desfavorável de um órgão técnico europeu que questionou a clareza de suas invenções.

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Imagem gerada utilizando Dall-E 3

O pedido de cancelamento das patentes EP2800811 e EP3401400, feito pelos advogados das cientistas, surge após uma avaliação que considerou que a descrição de sua invenção não era suficientemente clara para ser considerada uma invenção válida. A decisão, segundo os advogados, é tão injusta que as Nobelistas preferem abrir mão das patentes a serem prejudicadas por ela.

A disputa por patentes do CRISPR envolve também o pesquisador Feng Zhang, do Broad Institute.
As patentes canceladas afetam empresas de biotecnologia que buscam exclusividade comercial.
As Nobelistas ainda mantêm uma patente válida e uma pendente na Europa.

A decisão de cancelar as patentes pode impactar significativamente o mercado de biotecnologia, já que diversas empresas dependem dos direitos de uso do CRISPR. A situação levanta questões sobre a propriedade intelectual e o futuro da pesquisa em edição genética.

O cancelamento das patentes por Charpentier e Doudna não apenas reflete uma estratégia legal, mas também evidencia os desafios enfrentados na proteção de inovações científicas. O desenrolar dessa situação poderá influenciar o cenário de patentes e a pesquisa em biotecnologia nos próximos anos.