Em Kanaani, uma aldeia do Quênia, agricultores se preparam para períodos de seca. Desde a falha das chuvas em 2021, muitos, como Danson Mutua, mudaram suas plantações para culturas mais resistentes à seca, como o sorghum e as leguminosas. Enquanto alguns campos estão secos e vacas morrem de fome, Mutua conseguiu garantir a sobrevivência de sua família com colheitas selecionadas.

A insegurança alimentar se tornou um problema global crescente, com 733 milhões de pessoas subnutridas em 2023, especialmente na África subsaariana, onde a proporção de pessoas subalimentadas aumentou de 18% em 2015 para 23%. Essa crise é impulsionada por conflitos, o impacto econômico da pandemia de covid-19 e eventos climáticos extremos.

Os formuladores de políticas estão agora voltando sua atenção para o cultivo de culturas indígenas, frequentemente negligenciadas, mais nutritivas e adaptadas ao clima local. O VACS, uma iniciativa apoiada pelos EUA e a União Africana, visa acelerar a pesquisa e o desenvolvimento dessas culturas tradicionais, enfrentando as limitações das variedades comerciais predominantemente dependentes de químicos.

1. 733 milhões de pessoas estavam subnutridas no mundo em 2023.

2. A África subsaariana viu um aumento na subnutrição de 18% para 23% entre 2015 e 2023.

3. O VACS recebeu compromissos de financiamento de $200 milhões.

4. A dependência excessiva do milho contribui para crises alimentares.

5. Cultura de alimentos indígenas está sendo revivida para combater deficiências nutricionais.

As abordagens inovadoras, como a sequência do genoma de culturas negligenciadas e a utilização de técnicas de edição de genes, prometem melhorar a resiliência e a produtividade das culturas. Entretanto, as barreiras sociais e de aceitação em mercados urbanos ainda podem dificultar o avanço desses esforços.

- Ressurgimento da diversidade agrícola. - A necessidade de investimentos em pesquisas locais. - Desafios na aceitação de culturas tradicionais. - A importância do VACS na revitalização agrícola.

O sucesso do VACS dependerá da colaboração entre governos, cientistas e agricultores, além da superação da resistência cultural à adoção de alimentos tradicionais. Ao se envolver com esses esforços, a África poderá encontrar soluções para sua crise alimentar e garantir um futuro mais nutritivo.

A luta da África contra a fome pode encontrar nova esperança na valorização de alimentos tradicionais, promovendo a segurança alimentar e a sustentabilidade. Para se manter informado sobre esse e outros assuntos, inscreva-se na nossa newsletter e descubra mais conteúdos atualizados diariamente.

FONTES:

1. MIT Technology Review